Financeirização de terras e regularização fundiária é o tema do Encontro de Formação de Agentes da Comissão Pastoral da Terra (CPT) do Cerrado, realizado no município de Hidrolândia, distante cerca de 35 quilômetros de Goiânia (GO), entre os dias 30 de agosto e 02 de setembro.
Promovido pela Articulação das CPT’s do Cerrado, esse espaço formativo ocorre a cada dois anos, sempre intercalado com o Encontro dos Povos e Comunidades do Cerrado.
Cerca de 30 pessoas estiveram presentes no evento e puderam ouvir e aprender com três experiências apresentadas por agentes dos estados da Bahia, Goiás, e Piauí: Grandes empresas e fundos de pensão; Regularização fundiária; e Grilagem verde.
“É muito injusto com a quantidade de tempo que temos morando lá nessas terras, chegar gente de fora e não deixar nós trabalharmos em nossas terras”, argumentou, ao falar sobre a investida de empresas e fundos de pensão, Cleidiana, da Comunidade Melancias, do Piauí.
Na sequência, Maurício Correia, da Associação de Advogados/as de Trabalhadores/as Rurais da Bahia (AATR), foi responsável por expor os “Processos de regularização fundiária e a grilagem de terras”. Neste sentido, ele falou sobre os quatro períodos da legislação de terras no Brasil: Regime Sesmarial (1500-1821); Regime de Posse (1821-1850); Regime da Lei de Terras (1850-1889); e Regime Republicano (1889-Atual).
Durante a noite foi exibido o documentário “O Voo da Primavera”, que retrata a história do bispo emérito da Diocese de Goiás e um dos fundadores da CPT, Dom Tomás Balduino.
Neste sábado, o professor da Universidade Federal de Goiás (UFG), Cláudio Maia, fala sobre “Posse x Titulação”. Logo após, a pesquisadora Carla Morsche apresenta um mapeamento de fazendas, empresas, e como se articulam no processo de financeirização de terras no Brasil.
Texto: Assessoria de Comunicação CPT Foto: Elvis Marques