As pessoas que vivem nas comunidades rurais do Cerrado piauiense relatam a resistência diante da violência do agronegócio na quarta temporada da série em áudio “Aqui é Meu Lugar”.
O impacto dos agrotóxicos, desmatamentos e violências do agronegócio serão alguns dos temas de nove episódios. Também estará presente nesta temporada a resistência das mulheres, da juventude e do Coletivo de Povos e Comunidades Tradicionais do Cerrado no Sul do Piauí.
A quarta temporada de Aqui é Meu Lugar é composta por nove episódios com duração de cerca de oito minutos cada, e vai ao ar quinzenalmente às segundas-feiras. A produção é da Rede Social de Justiça e Direitos Humanos em parceria com a Comissão Pastoral da Terra, PI.
A transcrição deste e outros episódios e as temporadas anteriores estão disponíveis em Rede Social de Justiça e Direitos humanos
Ouça também as temporadas anteriores: 1º Temporada, 2º Temporada, 3º Temporada
Episódio 1 – O envenenamento das águas nos territórios
Nas partes altas do Cerrado, onde antes havia florestas, muitas árvores frutíferas e animais, hoje o agronegócio causa destruição com monocultivos que poluem o solo e as águas com agrotóxicos.
A contaminação das águas por agrotóxicos nos territórios do Cerrado é o tema do primeiro episódio da 4ª temporada de Aqui é Meu Lugar.
Episódio 2 – Venenos do agronegócio destroem produção de alimentos
As empresas do agronegócio utilizam toneladas de agrotóxicos, inclusive proibidos, em seus monocultivos. A forma como estes venenos atingem as plantações de alimentos das comunidades rurais no Cerrado do Piauí é o tema do segundo episódio da 4ª temporada de Aqui é meu Lugar.
Episódio 03- Venenos do agronegócio contaminam as pessoas das comunidades rurais
Além de contaminarem as águas e a produção de alimentos das comunidades rurais, os venenos utilizados pelo agronegócio intoxicam as pessoas. Alguns sintomas frequentes são dores de cabeça, diarreia e alergias, além do aumento dos casos de diabetes, colesterol e até mesmo câncer. No terceiro episódio da 4º temporada de Aqui É meu Lugar, as pessoas que vivem nas comunidades rurais no Sul do Piauí alertam sobre as doenças provocadas pelos venenos do agronegócio.
Episódio 04 – Agronegócio desmata, queima e destrói o Cerrado
A especulação financeira com terras agrícolas favorece a ação de grileiros e empresas do agronegócio que desmatam, queimam e destroem o Cerrado.
Animais e plantas em extinção, diminuição do volume das águas e mudanças climáticas: no 4º episódio de Aqui é Meu Lugar, comunidades rurais descrevem os impactos do desmatamento do agronegócio nas suas vidas e no meio ambiente.
Episódio 5º – Ameaças e violências contra comunidades tradicionais
O avanço do agronegócio afeta violentamente os modos de vida das comunidades rurais no Sul do Piauí, que têm sofrido com incêndios, despejos, ameaças de morte e tentativas de homicídio.
A violência física e mental causada pelo agronegócio tem como objetivo expulsar as comunidades de seus territórios.
A organização, resistência e denúncia das comunidades contra a violência do agronegócio é o tema do 5º episódio de Aqui É Meu Lugar.
Episódio 6º – Agronegócio destrói o Cerrado com a conivência do Estado
Empresas nacionais e internacionais do agronegócio compram terras griladas, desmatam, contaminam com agrotóxicos e violam os direitos de comunidades rurais no Cerrado. Essas empresas buscam expandir monocultivos de soja e especular com terras agrícolas.
O Coletivo de Povos e Comunidades Tradicionais do Sul do Piauí denuncia que o agronegócio destrói o Cerrado com a conivência dos órgãos do Estado.
Episódio 7º – A resistência das mulheres diante da violência do agronegócio
A grilagem de terras e a destruição ambiental do agronegócio têm impacto direto na vida das mulheres e na produção de alimentos. No episódio #7 de Aqui É Meu Lugar, as mulheres das comunidades tradicionais do Sul do Piauí contam como são suas rotinas de trabalho, de resistência e organização para defender a vida no Cerrado.
Episódio 8° – A resistência da juventude diante da violência do agronegócio
O agronegócio destrói os territórios, empobrece a área rural e explora a força de trabalho da juventude das comunidades tradicionais. Mas a juventude dos povos e comunidades tradicionais no Sul do Piauí se organiza para defender o direito à educação, a proteção ambiental e a permanência em seus territórios.
A agroecologia, a recuperação de nascentes e os desafios enfrentados pela juventude são os temas do episódio #8 de Aqui é Meu Lugar.
Episódio 9° – A resistência do Coletivo de Comunidades diante da violência do agronegócio
O Coletivo de Povos e Comunidades Tradicionais do Cerrado é formado por comunidades ribeirinhas, brejeiras, indígenas e quilombolas do sul do Piauí. Essas comunidades resistem contra a violência e a destruição ambiental causadas pelo agronegócio.
O Coletivo fortalece a organização das comunidades para garantir o direito a seus territórios e a defesa da biodiversidade no Cerrado. Esta temporada se encerra por aqui, mas o Coletivo de Povos e Comunidades Tradicionais do Cerrado no Piauí continuará a “Insistir e Resistir no Direito de Existir!”