Durante os dias 20 a 22 de maio a Defensoria Pública da União – DPU realiza visitas nas comunidades do cerrado no Piauí. A Comissão Pastoral da Terra, a Fundação Nacional dos Povos Indígenas – FUNAI, a Universidade Federal do Piauí e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico – IPHAN acompanham a DPU nestas visitas.

As visitas às comunidades foram motivadas pela realidade apresentada pelo Coletivo de povos e comunidades tradicionais do cerrado do Piauí, durante a jornada de audiências públicas ocorrida em Teresina no mês de abril e pelos processos de regulação fundiária existentes no Instituto de Terras do Piauí – INTERPI.

As áreas visitadas pelas instituições foram os territórios indígenas Akroá Gamella Laranjeiras, município de Currais e Morro D’Água I e II, município de Baixa Grande do Ribeiro, além do território tradicional Barra da Lagoa, município de Santa Filomena.

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Agrotóxico usado em lavouras de soja contamina corpos d’água de comunidade tradicional em Filomena no Piauí

A assessora jurídica da CPT Piauí, Yaponira Rodrigues, explica que as pessoas nas comunidades visitadas aproveitaram a presença do procurador federal e demais representantes de organizações para denunciar os vários problemas enfrentados diante da presença do agronegócio, “o defensor está aproveitando para conhecer mais sobre as comunidades, ouviu os problemas que enfrentam com a grilagem, com a pulverização aérea e descarte de embalagens de agrotóxicos realizado pelas fazendas da região”.

Estas comunidades sofrem com violências, violações de direitos, desmatamento e uso exacerbado de agrotóxicos por conta do avanço do agronegócio. Esta semana, acontece a reunião do G20 social em Teresina, tendo como proposta um pacto mundial contra a pobreza e a forme, não há como reduzir a fome e a pobreza, sem reduzir os conflitos socioambientais existentes e promover a conservação do meio ambiente, as comunidades visitadas exigem do estado do Piauí e da União maior rigor para os crimes contra o meio ambiente e as populações tradicionais.