O dia Internacional da mulher, diferente do que a maioria das pessoas pensam, não é um dia para comemorar e mandar flores, é sim dia para intensificar as informações sobre as desigualdades de gênero que ainda existem e, reivindicar os direitos das mulheres, é um dia político, é um dia de luta.
Durante todo o mês de março as mobilizações sobre a temática dos direitos das mulheres são destaque e na CPT Piauí, também.
Muitas são as violências sofridas por mulheres no nosso país, desigualdades no trabalho, violências domésticas, moral, física e até mesmo o crime de feminicidio que, infelizmente, tem feito cada vez mais parte do cotidiano dos brasileiros. O Piauí é o quinto estado com a maior taxa de feminicídios para cada 100 mulheres. Ao todo, nos últimos 3 anos, 96 mulheres foram vítimas do crime de feminicídio, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, só em três meses de 2022, seis mulheres foram mortas no Piauí por feminicidio.
São dados reais e dolorosos de elencar, cabe a cada uma, cada um de nós atuarmos frente às estruturas patriarcais que incitam esse tipo de comportamento machista contra as mulheres e inibem a punição para esses crimes de violência contra a mulher, quando acontece, é ineficaz.
Pensando em sempre compartilhar e formar as mulheres para fortalecer as resistências frente ao patriarcado e assim, romper com essas estruturas a CPT Piauí organizou e participou de eventos direcionados a mulheres durante esse mês de março de 2022.
Atividades mês das mulheres – CPT -Regional Piauí –
- 05/03 – Encontro de mulheres: Tema “Mulheres e seus direitos”- Município de Currais;
- 05 /03 – Encontro de mulheres impactadas pela mineração: Tema “Mulheres e suas realidades: caminhos possíveis” – comunidade: Baixio dos Belos, Município de Curral Novo;
- 08/03 – Manifestação pelos direitos e contra a violência às mulheres – municípios: Teresina, Miguel Alves;
- 12/03 – Encontro virtual de mulheres indígenas – Tema: “Mulheres Sementes da Terra” – Território Vão do Vico, município de Santa Filomena;
Os encontros contribuem para manter viva a chama da resistência e a luta pelos direitos das mulheres que ainda são tão discriminadas na nossa sociedade.