Na manhã do dia 09 de março agentes da CPT PI realizam encontro de sensibilização contra o trabalho escravo na sede do CRAS- Centro de Referência e Assistência Social do município de Currais PI.
O Piauí é o segundo estado no ranckin NE sobre a pratica do trabalho escravo sendo considerado exportador de mão de obra. Segundo o Ministério do Trabalho no estado do Piauí foram registrados de 2003 a 2017, 63 casos de TE com 897 trabalhadores resgatados. Por compreender que essa prática existe é que a CPT atua na prevenção e combate ao Trabalho escravo e na perspectiva de somar novos parceiros, envolvidos com a essa causa é que a CPT inicia hoje suas atividades ligadas ao Eixo Migração e Trabalho Escravo com as comunidades de Currais – PI.
Participaram da oficina representantes da secretaria de educação, do CRAS, do sindicato de trabalhadores rurais de currais, igrejas e trabalhadores assentados da região.
Com um caráter de diagnostico, a oficina levou informações sobre o conceito de trabalho escravo, suas características e formas de denuncias e fiscalizações. Utilizando uma metodologia dinâmica entre musicas e brincadeiras os participante identificaram se há existência dessas pratica na região e quais as saídas diante da problemática encontrada.
Um dos problemas identificado pelo grupo foi a recorrência de casos envolvendo a mesma pessoa, onde um trabalhador mesmo passando pela situação análoga a escravidão, volta a migrar, é o que conhecemos como “ciclo do trabalho escravo”. O ciclo só sobrevive porque existe um critério da pobreza, da impunidade e de quem ganha com isso, explica Joana Lucia, coordenadora da comissão pastoral da terra-Regional Piauí.
Tatisanária Alves
O trabalho escravo contemporâneo não tem distinção de cor, raça, credo ou classe social, Tatisanária Alves, moradora do Assentamento Flores, diz que o trabalho escravo atualmente não pode ser mais visto como referencia ao povo negro, hoje, todos estão sujeitos a isso, é a necessidade e a desinformação que faz as pessoas se submeterem a esse tipo de trabalho.
Imagens: CPT PI