O Grito dos Excluídos e Excluídas, em sua 29º versão, traz á tona a fome de alimento dos milhões de brasileiros e brasileiras no país e questiona aos demais, ” Você tem fome de que?”, quais os gritos das pessoas marginalizadas e invisibilizadas que s]ao parte das necessidades básicas para uma vida digna do povo de Deus?
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Por :
Paula Monize – paulamonize@cidadeverde.com
Na manhã desta quarta-feira (06) o município de Picos sediou o 29º Grito dos Excluídos e Excluídas. Membros de pastorais sociais, instituições, percorreram ruas centrais da cidade e levantaram suas bandeiras sociais reivindicando valorização das minorias, incentivo educacional, entre outras pautas.
Nesta edição, o Grito dos Excluídos trouxe como temática: “Vida em primeiro lugar: você tem fome e sede de quê?”. O objetivo do momento foi conscientizar a sociedade sobre a importância de criar espaços de formação, debates e reflexões sobre a inclusão de grupos e comunidades excluídos de políticas públicas.
A programação foi iniciada às 7h00 com missa na Igrejinha do Sagrado Coração de Jesus. O momento foi presidido pelo Bispo Dom Plínio José Luz da Silva, e contou com a participação dos sacerdotes Pe. Marcos Roberto, Pe. Pio Feitosa, Pe. Feliciano Dias e Pe. Francisco Pereira Borges.
Do local, os manifestantes seguiram em caminhada até a Câmara Municipal, sede do Legislativo Picoense, para participar de uma audiência pública e discutir propostas sobre inclusão social e garantia dos direitos das pessoas.
O Bispo Diocesano de Picos, Dom Plínio, destacou a importância da marcha do Grito dos Excluídos e a necessidade de atenção às demandas sociais.
“Nós precisamos respaldar o nosso irmão, nossa irmã, que não goza dos seus direitos sociais. É o momento de unirmos as forças para mostrar para a sociedade que esta é uma realidade sofrida por muitos, que causa sofrimento, causa exclusão. Já são 29 anos e cada novo ano vamos criando forças para lutar que as pessoas olhem para o lado, pratiquem a solidariedade”, disse Dom Plínio.
Bispo de Picos Dom Plínio
O membro da coordenação do Movimento dos Pequenos Agricultores, Afonso Galvão, comentou que o evento é uma oportunidade para denunciar a desigualdade e cobrar melhorias.
“A gente aproveita esse espaço para denunciar a realidade que vivemos em nosso país, de termos ainda 33 milhões de pessoas passando fome no Brasil. A nossa luta é para que homens, mulheres, crianças, tenham direito à alimentação, direito básico”, pontuou.
Afonso Galvão
O coordenador das Pastorais Sociais da Diocese de Picos, Pe. Marcos Roberto Vieira, explicou que neste ano o Grito dos Excluídos tem uma provocação social mais atuante com a promoção da audiência pública.
“Na Câmara Municipal aconteceu o último momento do nosso Grito dos Excluídos e lá é a oportunidade para que as pessoas que estão lá, representando sua rua, bairro, entidade, possam apresentar as demandas de cada realidade diante das autoridades que foram convidadas para ouvir nosso povo”, concluiu.
Pe. Marcos Roberto
Participaram da marcha do Grito dos Excluídos e Excluídas movimentos sociais urbanos, rurais, Laicato Brasileiro (CNLB), Confederação Religiosos e Religiosas do Brasil (CRB), Pastoral da Juventude e Comissão para as Pastorais Sociais.
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