O capitalismo avança em seu projeto destrutivo e ganacioso aumentando a desigualdade social, redução de direitos e destruição dos recursos naturais. Na contramão dessa proposta existe além de outros, o Grito dos Exclídos e das Excluídas. Em sua 24° edição o Grito acontece amanhã  (07/09) no bairro Boa Esperança, zona norteTeresina (PI) em defesa dos moradores e moradoras dessa região que estão ameaçados de perderem suas casas, suas histórias, suas identidades.

Um Programa de Requalificação Urbana e Ambiental da região
Norte do Município de Teresina, financiado pelo Banco Mundial, que visa a melhoria das condições urbanas e ambientais locais e maior acesso da população residente à serviços sociais, no entanto a realidade é bem diferente da proposta. o projeto visa retirar 3.000 mil famílias de seu território, colocando-as para longe do Centro da cidade. Porque quando finalment bairros populares estão prestes areceber melhorias na infraestrutura, o povo quem que sair?! Essa é a pergunta que o 24° Grito dos Excluídos e das Excluídas faz para a Prefeitura de Teresina em 2018.

História do Grito dos Excluídos/as

A proposta do Grito surgiu no Brasil no ano de 1994 e o 1º Grito dos Excluídos foi realizado em setembro de 1995, com o objetivo de aprofundar o tema da Campanha da Fraternidade do mesmo ano, que tinha como lema “Eras tu, Senhor”, e responder aos desafios levantados na 2ª Semana Social Brasileira, cujo tema era “Brasil, alternativas e protagonistas”. Em 1999 o Grito rompeu fronteiras e estendeu-se para as Américas.

O que é?

O Grito dos Excluídos é uma manifestação popular carregada de simbolismo, é um espaço de animação e profecia, sempre aberto e plural de pessoas, grupos, entidades, igrejas e movimentos sociais comprometidos com as causas dos excluídos.
O Grito é uma descoberta, uma vez que agentes e lideranças apenas abrem um canal para que o Grito sufocado venha a público.

O Grito brota do chão e encontra em seus organizadores suficiente sensibilidade para dar-lhe forma e visibilidade. O Grito não tem um “dono”, não é da Igreja, do Sindicato, da Pastoral; não se caracteriza por discursos de lideranças, nem pela centralização dos seus atos; o ecumenismo é vivido na prática das lutas, pois entendemos que os momentos e celebrações ecumênicas são importantes para fortalecer o compromisso.

O Grito é organizado em Teresina pela CEBs (Comunidades Eclesiais de Base), OPA (Organização popular) , PJMP (Pastoral da Juventude e Meio Popular), CPT (Comissão Pastoral da Terra), CUT (Central Única dos Trabalhadores, Centro de Defesa Ferreira de Sousa, Mov. Hip Hop batalha de MC’s, Missionários Redentoristas, Cáritas Regional e Sindicato do urbanitários.