De um lado o resgate da cultura popular com a literatura de cordel, do outro técnicas de uso das novas tecnologias, ambas expressões sendo usadas como ferramentas de resisitência da juventude em comunidades tradicionais no cerrado do Piauí.
A Literatura de Cordel é uma forma de uma expressão popular onde trata de temas diversos inclusive sociais, de forma rimada podendo conter ilustrações em xilogravura. O nome tem origem no modo de expor os folhetos produzidos para venda, pendurados em cordas, cordéis ou barbantes. A oficina foi mediada pelo Coordenador da CPT-PI, filósofo e poeta Gregório Borges onde as poesias produzidas pela comunidade se tornaram conteúdos para os videos da oficina de audiovisual que acontecia paralelamente.
O audiovisual pode parecer uma ferramenta de dificil acesso para algumas pessoas mas os jovens da comunidade Melancias, municipio de Gilbués, entenderam que é possivel usar esse recurso usando apenas o celular. A Comissão Pastoral da Terra (CPT-PI) promoveu as oficinas no último fim de semana (17 e 18/05) em parceria com a Rede Justiça e Direitos Humanos e o Instituto Comradio do Brasil responsável por mediar a oficina de produção audiovisual com Smartphone com o objetivo de compartilhar tecnicas de cinema adaptando ao uso do celular, ferramenta comum entre a juventude, onde púdessem retratar o cotidiano através de pequenos vídeos contendo as vivencias e resistências dos povos tradicionais do cerrado.
Durante a oficina os jovens produziram e editaram vídeos no próprio celular e no mesmo dia exibiram na comunidade durante a abertura do do Festejo de Santa Rita de Cássia.
A oficina trouxe a comunidade mais duas ferramentas de luta que podem contribuir no resgate e na visibilizade da comunidade, dos seus modos de vida, da sua espiritualidade, de suas memórias e suas culturas como forma de proteger e preservar a história dessas pessoas e lugares para futuras gerações além de construir uma outra narrativa de comunicação onde o que importa é a vida.
Texto CPT PIaui Imagens produzidas pelos alunos da oficina de Audivisual