CPT Piauí avalia ações do Projeto Pilares do Crescimento no estado

Na manhã de hoje, 16 de janeiro estiveram reunidos no Interpi-Instituto de Terras do Piauí, representantes da Seplan-PI, Quilombolas, FETAG, DPU, Coletivo das Comunidades Impactadas pelo Agronegócio no Sul do Piauí, MST, Consultores e gestores do Banco Mundial para avaliação do projeto “Pilares do Crescimento e Inclusão Social” no estado. O monitoramento e avaliação do projeto tem o fim de apresentar as ações realizadas até agora pelo projeto, os avanços e desafios para a uma próxima fase.

O projeto possui objetivos bem específicos, sobretudo no que diz respeito à regularização fundiária, mas na avaliação de todos tem avançado no que diz respeito às relações entre comunidades/Interpi/Banco Mundial, “…de fato a estrutura do Interpi foi melhorada e hoje o trabalho flui com mais facilidade, já conseguimos dialogar com os diretores do órgão e até mesmo com os representantes do Banco Mundial, esse diálogo foi importante para o avanço do próprio projeto que passou a ouvir mais as necessidades das comunidades do estado do Piauí e a repensar suas estratégias e ações”, falou Altamiran Ribeiro – Coordenador da Comissão Pastoral da Terra –Regional Piauí. Medidas como a estruturação do Interpi e proteção às comunidades tradicionais foram tomadas, melhorando o andamento de processo no órgão que esteve mais presente nas comunidades e afastou, em alguns casos, ameaças de grileiros e fazendeiros às comunidades.

Apesar dos avanços identificados no projeto é preciso melhorar muito ainda, sobretudo no que diz respeito a regularização fundiária, há muita ilegalidade nas documentações de diversas fazendas, principalmente no sul do estado aonde é considerada parte da última fronteira agrícola do país, “como o projeto está encerrando a gente tem medo de não conseguir regularizar nossas terras durante esse periodo” afirma Mria Zumira, indigena Gamela do Terrirório Vão do Vico – representante do Coletivo das Comunidades impactadas pelo Agronegócio.

Os representantes do Banco Mundial ainda vão participar de reuniões com a Secretaria de Planejamento e Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos para novas audições e reformularem o projeto para a segunda fase.